A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na terça-feira (22) a queixa contra o chamado “Core 2” do suposto trama de golpe que teve como objetivo corromper o tecido democrata e manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022.

O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, disse que havia “evidências suficientes” para a abertura de ação criminal contra os seis acusados. Os outros ministros acompanharam totalmente o voto do relator.

“Em dúvida, a favor da sociedade. Isso significa que há evidências suficientes de autoria para o início da ação criminal, quando o contraditório será estabelecido e os fatos devem ser comprovados pela PGR”, disse Moraes ao rejeitar todas as preliminares apresentadas pelas defesas.

De acordo com a denúncia, esse grupo ocupou “posições profissionais relevantes” e foi responsável por operacionalizar ações projetadas para manter Jair Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022.

Moraes detalhou que, de acordo com a PGR, parte do grupo teria manipulado as operações da PRF no segundo turno para dificultar o acesso aos eleitores de Lula a locais de votação, especialmente no Nordeste.

As mensagens trocadas entre Marília Alencar e Fernando Oliveira mencionam o reforço da polícia nas cidades com uma grande votação no petista na primeira rodada, como Belford Roxo (RJ).

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“A operação policial não é definida com base no voto eleitoral”, criticou Moraes.

Em relação às alegações de suspeita de ministros, o relator foi diretamente: “Investigado não escolhe o juiz”. O ministro também defendeu a validade da premiada colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, que é uma peça-chave da promotoria.

Integrar o núcleo:

  • Silvinei Vasques, ex -diretor da PRF
  • Marília Alencar, ex -diretora de inteligência do Ministério da Justiça
  • Fernando Oliveira, delegado de PF e ex-secretário executivo da SSP-DF
  • Filipe Martins, ex -consultor especial de Bolsonaro
  • Marcelo Câmara, coronel de reserva e ex -ordinária de ordens
  • Mario Fernandes, Reserve General e ex-número 2 da Secretaria Geral

No caso de Filipe Martins, Moraes afirmou que o ex -consultor teria escrito um projeto de decreto para justificar medidas de exceção, com base legal, a serem apresentadas ao alto comando das forças armadas. A defesa nega a autoria do documento.

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O general Mario Fernandes e o coronel Marcelo Câmara são acusados ​​de coordenar ações de monitoramento das autoridades públicas, incluindo um suposto plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. As defesas admitem a existência de documentos, mas afirmam que não houve execução.

Anteriormente, a primeira classe rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pelas defesas, incluindo os pedidos dos ministros Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino a serem removidos do julgamento. Somente o ministro Luiz Fux divergiu ao argumentar que o caso era referido ao plenário.

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PRÓXIMOS PASSOS

Com a aceitação da denúncia, os réus se tornam a condição dos réus, ou seja, eles responderão a uma ação criminosa na Suprema Corte por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do governo democrático, golpe, dano qualificado pela violência e ameaça séria e deterioração do patrimônio revertido.

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A próxima fase é a instrução do processo, quando os depoimentos são coletados, a análise dos documentos é feita e a condução da experiência apresentada pelas partes. Os advogados podem, por exemplo, indicar testemunhas e solicitar a produção de novas evidências para provar teses de defesa. Testemunhas são ouvidas por um juiz auxiliar, um membro do Gabinete do Ministro Alexandre de Moraes, Relator do caso.

Com o final da instrução, o processo é julgado. No julgamento, os ministros da primeira classe da Suprema Corte decidirão se o ex -presidente e outros réus serão condenados a prender ou absolver.

Não há data definida para o teste, pois depende do progresso processual. A data é marcada pelo presidente da primeira classe da Suprema Corte, Cristiano Zanin.

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