A prévia da carga tributária (peso dos impostos e outros impostos sobre a economia) aumentou para 32,32% do produto interno bruto (PIB) em 2024, o Tesouro Nacional divulgado na sexta -feira (28). Até 2023, o mesmo indicador atingiu 30,26%, uma diferença de 2,06 pontos percentuais.

De acordo com o Tesouro, vários fatores pesaram para o aumento da carga tributária. O principal foi o crescimento da economia, que aumentou a cobrança de impostos sobre bens e serviços em 0,81 ponto percentual do PIB no nível federal no ano passado. Somente a coleta da contribuição para o financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributo diretamente vinculada às vendas, subiu 0,42 ponto.

No caso do dólar alto, os preços mais caros dos bens importados ajudaram a reforçar a coleta do Programa de Integração Social (PIs), Cofins e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O final da isenção de PiS/Cofins em diesel e gás de cozinha, que retornou às taxas normais em janeiro de 2024, também influenciou a comparação.

Outro fator que ajudou a aumentar a carga tributária foi o aumento de 0,5 ponto percentual do PIB na cobrança de impostos relacionados à renda, lucro e ganhos de capital. A principal medida foi a tributação de fundos e offshores exclusivos, empresas de investimento no exterior, que entraram em vigor no final de 2023.

Em 2024, a cobrança de imposto de renda retida (IRRF) aumentou 0,38 ponto percentual do PIB. As receitas com contribuição social no lucro líquido (CSLL) avançaram 0,06 ponto percentual.

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No nível estadual, a receita do imposto sobre a circulação de bens e serviços (ICMS), o imposto mais coletado do país, aumentou em 0,46 ponto percentual do PIB em 2024. Segundo o Tesouro Nacional, isso se deve ao final da isenção dos combustíveis e à recuperação da economia, que aumentou as vendas.

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Na esfera municipal, a receita tributária de serviços (ISS) subiu 0,09 ponto percentual PIB, impulsionado pelo crescimento de 3,1% no volume de serviços até 2024.

Esferas do governo

A carga tributária do governo federal aumentou 1,5 ponto percentual em 2024, de 19,93% para 21,43% do PIB. O peso dos impostos estaduais avançou 0,45 pontos, de 7,58% para 8,03% do PIB. Nos governos municipais, a cobrança de impostos aumentou 0,11 ponto percentual, de 2,28% para 2,39% do PIB, puxado por aumentos no imposto sobre a propriedade do veículo a motor (IPVA).

Classificação econômica

Ao adicionar os três níveis de governo (federal, estadual e municipal), os impostos sobre bens e serviços aumentaram 1,37 ponto percentual do PIB em comparação com 2023, de 12,54% para 13,91%. Em seguida, são impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital, com 9,09% do PIB, um aumento de 0,5 pontos em comparação com o ano anterior.

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A cobrança de impostos sobre a propriedade subiu 0,01 ponto, de 1,7% para 1,71% do PIB. A receita dos impostos e do trabalho da folha de pagamento caiu 0,01, de 0,31% para 0,3% do PIB. Devido ao dólar alto, os impostos sobre o comércio exterior e as transações internacionais avançaram 0,13 pontos, de 0,53% para 0,66% do PIB.

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O peso das contribuições sociais no PIB aumentou de 6,59% para 6,65% do PIB. O aumento de 0,06 ponto percentual foi motivado principalmente pela coleta da contribuição para a Seguridade Social, que aumentou de 5,23% para 5,29% do PIB, puxado pela recuperação do mercado de trabalho.

A cada março, o Tesouro divulga sua própria estimativa da carga tributária do ano anterior. De acordo com o Ministério das Finanças, a preparação de uma prévia da carga tributária é necessária porque os dados são incluídos na prestação de contas da presidência da República. O número oficial, lançado pelo IRS, apenas sai durante todo o segundo tempo.

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