Mesmo com o retiro momentâneo dos Estados Unidos sobre a adoção de tarifas de importação para os países que mantêm as relações comerciais, exceto a China, o mercado ainda está muito preocupado com as próximas etapas da guerra comercial.
“O que vimos diante do retiro de Trump, com um intervalo de 90 dias (a adoção de tarifas de importação) foi a aceleração do interesse do Tesouro (Documentos do Tesouro Americano)”, disse Raphael Figueredo, o Rafi, um estrategista de ações XP, que comandou na sexta -feira (11) o Ligue para o XP.
Segundo o analista, a aceleração pode ter sido um dos principais pontos de partida do retiro de Trump. Tresuário de 10 anos, principalmente, é a maior referência para decisões de investimento.
Preocupação
Rafa apontou que a alta venda de ações em sacolas globais também se preocupava muito. “O cenário é muito incerto, com a volatilidade aplicada no índice do VIX (medidor para volatilidade baseada em S&P 500, que é a subida de ‘índice de medo’ assim”, disse ele. “Mesmo com o retiro (de Trump), o vaso foi rachado”, acrescentou.
“Isso significa que temos um cenário de preocupação à frente e, provavelmente, uma recessão contratada por causa dessa foto”, disse ele.
O analista afirmou que a política econômica nos Estados Unidos depende de informações ou mesmo de uma mensagem publicada pelo presidente Trump na rede social X.
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“Esses choques no mercado geram apenas incerteza. E as incertezas não diminuem porque não tem previsibilidade (o que pode ser feito pelo governo)”, disse ele.
A deterioração da confiança do consumidor pode indicar uma nova queda na bolsa forte. “Esse indicador tende a intensificar esse sentimento de recessão”, disse ele.
Ele sugere que, nesse ambiente de incerteza e volatilidade, o “momento é respirar, com atenção ao portfólio e exposição aos mercados”.
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O estrategista acredita que tomar posições alavancadas pode ser uma operação mais de risco hoje, mesmo que uma ou outra operação funcione.