O economista -chefe dos associados da MB Sérgio Vale atribui a confusão do IOF, que o país assistiu entre quinta e sexta -feira, a uma disputa dentro do governo federal, entre o ministro das Finanças, Fernando Haddad, e os membros da ala política.

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“Um grupo dentro do palácio pretende crescer para a reeleição do presidente no próximo ano, enquanto o ministro Fernando Haddad faz o que é possível para manter essa estrutura tributária muito frágil que temos”, disse Vale à Vale para InfoMoney.

Na avaliação do economista -chefe, Haddad tem sido frágil desde pelo menos no final do ano passado, quando as primeiras medições microecômicas começaram a parecer e ele estava perdendo espaço.

“O dilema do grande governo neste momento é que ele precisa pegar a casa, mas, ao mesmo tempo, precisa reeleger o presidente. O governo experimentará o próximo e meio”, explica o economista

“Está crescendo forte no ano passado, baixa taxa de desemprego, a inflação não está fora de controle. Em geral, era para popularidade [de Lula] Sendo maior e não é ”, diz Vale.

Decisão de execução

Vale a pena avaliar que a decisão do governo federal sobre o IOF foi mal pensada, lançada em uma corrida e, portanto, o governo, como às vezes tinha que voltar.

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Segundo Vale, este é um problema que foi repetido com frequência. “O governo coloca medidas que geralmente são contestadas pelo mercado, porque não fazem muito sentido econômico”, diz ele.

Neste último episódio, de acordo com a Vale, o mercado fez uma leitura correta de que era uma medida ruim, porque dá a impressão de ter algum tipo de controle de capital, quando o governo move a tarifa sobre movimentos financeiros externos.

No entanto, “o governo percebeu o erro e se concentrou nos instrumentos domésticos para restringir esse maior impacto da percepção negativa”.

Para a Vale, isso aconteceu outras vezes com medidas que foram mal anunciadas, como Pix, por exemplo, e o governo teve que recuar. “Esta cabeça de cabeça também tem a ver com posições divergentes do Ministério das Finanças com outras pessoas ao redor do presidente, como a Casa Civil. Ele tem um cenário de um governo que não é unificado em suas decisões”, diz ele.

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