A Câmara dos Deputados recebeu na quinta-feira (15) um projeto de lei que propõe a aplicação de multas para pessoas que usam bonecas renascidas de bebês-hiper-realistas para obter benefícios como atendimento preferido, prioridade em filas, descontos e outros direitos reservados para crianças e seus guardiões. A proposta é do deputado federal Zacharias Kalil (União-Go).
O texto do projeto define que a penalidade pode variar entre cinco e vinte salários mínimos (de R $ 7.590 a R $ 30.360), dependendo da gravidade da infração, os ganhos obtidos com a prática, a condição econômica do infrator e da recorrência. Os valores coletados com as multas serão destinados aos fundos municipais, estaduais, distritais e nacionais para os direitos de crianças e adolescentes.
O tema ganhou destaque nas redes sociais após a viralização de vídeos mostrando pessoas que usam bebês renascendo em situações cotidianas, como cuidados médicos.
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Justificativa e regulamentação
Para o autor da proposta, o uso de bebês renascidos para acessar os privilégios de crianças reais é uma conduta que “viola o objetivo de boa fé que deve governar as relações sociais e do consumidor” e pode “sobrecarregar os serviços públicos, principalmente as unidades de saúde”, adiando o cuidado de crianças que realmente precisam de cuidados urgentes.
Além do projeto de Kalil, dois outros textos foram arquivados na casa na quinta -feira. Propita -se proibir a atenção médica a bonecas renascidas em instituições públicas e privadas, enquanto o outro sugere critérios para a recepção psicossocial de pessoas que desenvolvem intensos laços afetivos com essas bonecas.
Paralelamente, o Conselho da Cidade do Rio de Janeiro aprovou um projeto que cria o “Dia do Reborn Stork”, para homenagear os artesãos que fazem essas bonecas. A medida também gerou repercussões nas redes, com muitos usuários questionando o senso de institucionalizar a prática.