O Papa Leo Xiv se ofereceu, na quarta -feira (13), para mediar conversas entre líderes de países em guerra, afirmando que a Santa Sé está pronta para “reunir inimigos cara a cara” em busca de paz. O novo pontífice, que assumiu o comando da Igreja Católica na semana passada, fez o apelo durante um discurso aos representantes das Igrejas Católicas Orientais no Vaticano.

“Quem, melhor que você, pode cantar uma canção de esperança mesmo no abismo da violência?” Perguntou o papa, abordando os cristãos do Oriente Médio, uma região marcada por décadas de conflito. Ele ressaltou que a violência persiste “da Terra Santa para a Ucrânia, do Líbano à Síria, do Oriente Médio a Tigre e o Cáucaso”, e pediu aos fiéis que não abandonassem suas terras.

Leo Xiv enfatizou que a Santa Sé está disposta a atuar como mediadora em diálogos de paz, oferecendo para reunir líderes de conflito. “Vamos nos encontrar, vamos conversar, vamos negociar”, disse o pontífice. Ele enfatizou que a paz é um desejo comum para as pessoas em todo o mundo e que os líderes têm a responsabilidade de buscar soluções diplomáticas para acabar com os conflitos.

Apelo pela permanência dos cristãos no Oriente Médio

No discurso, o Papa Leo Xiv também reforçou seu apoio aos cristãos que vivem no Oriente Médio, pedindo -lhes que não deixassem suas terras, mesmo diante da violência e perseguição. Ele destacou a importância de garantir esses fiéis o direito de permanecer em suas regiões com segurança e dignidade.

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“Os cristãos devem ter a oportunidade, não apenas em palavras, para permanecer em suas terras natais com todos os direitos necessários para uma existência segura. Por favor, lutamos por isso!”

Mediação global e diplomacia religiosa

Desde que foi eleito, o Papa Leo Xiv adotou um tom diplomático, posicionando a Santa Sé como um possível mediador em conflitos globais. Seu discurso ocorre em um momento em que as guerras e as tensões continuam afetando várias regiões, incluindo Ucrânia, Oriente Médio e Cáucaso.

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O pontífice americano sucede o papa Francisco, que morreu em 21 de abril aos 88 anos. Seu pontificado já está marcado por uma ênfase na diplomacia e diálogo, com apelo direto aos líderes internacionais para priorizar a negociação em vez de confronto.

A referência ao Oriente Médio, onde os cristãos enfrentaram perseguição e deslocamento forçados, reflete a preocupação histórica da Igreja com a sobrevivência dessas comunidades. Em um discurso cheio de simbolismo, o Papa Leo Xiv apontou que aqueles que “semeiam sementes da paz” merecem reconhecimento e apoio.

A Santa Sé desempenhou papéis importantes nas mediações diplomáticas ao longo da história, incluindo o apoio a negociações entre Cuba e os Estados Unidos em 2014, e o Papa Leo Xiv parece disposto a manter essa tradição, oferecendo ao Vaticano um espaço neutro para conversas de paz.

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