O dólar à vista tornou -se alto contra o Real na segunda -feira (5), abrindo uma semana marcada por decisões de bancos centrais em todo o mundo, incluindo Federal Reserve (Fed), Banco da Inglaterra e Banco Central do Brasil, enquanto a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China permanece no radar.
Às 12h22, o dólar em dinheiro operava 0,09%, a R $ 5.658 na compra e R $ 5.660 à venda. Em B3, o dólar para junho – atualmente o mais líquido – subiu 0,09%em 5.700 pontos.
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Na sexta -feira, o dólar em vista fechou 0,36%, para R $ 5,6561.
O Banco Central fará um leilão de até 20.000 contratos de troca de moeda tradicionais para fins salariais de 2 de junho de 2025.
Dólar comercial
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- Compra: R $ 5.658
- Venda: R $ 5.660
Turismo em dólar
- Compra: R $ 5.683
- Venda: R $ 5.863
Como cenário de negociações de moeda, o otimismo foi desencadeado na semana passada ao sinalizar Pequim que estava analisando uma proposta de Washington para iniciar discussões comerciais, o que aumentou as expectativas para o fim do impasse tarifário.
Fortes dados de emprego nos EUA na sexta -feira também forneceram alívio aos investidores, mostrando que o mercado de trabalho do país permanece estável e removendo algumas preocupações de recessão que estavam crescendo diante do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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Em uma das últimas notícias sobre política tarifária, o presidente Donald Trump disse no domingo que os EUA estão se reunindo com muitos países, incluindo a China, para lidar com acordos comerciais e que sua principal prioridade com Pequim é garantir um acordo de comércio justo.
Em relação ao Brasil, o ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse no domingo que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a política tarifária dos EUA, apontando que os dois países estão negociando os “termos de um entendimento” sobre a questão.
Ao longo da semana, a atenção se voltará para as decisões do banco central. O destaque será o anúncio do Fed na quarta -feira, com a expectativa de que mantenha a taxa de juros inalterada. O Banco da Inglaterra, por sua vez, divulgará sua decisão na quinta -feira.
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O Comitê de Política Monetária (COPOM) publicará sua decisão na quarta -feira, tendo anunciado anteriormente que deveria aumentar a taxa seletiva, agora 14,25% ao ano, com uma magnitude mais baixa do que os recentes aumentos anteriores de 1 ponto percentual.
Os operadores estão projetando 74% de chance de o copom aumentar em 0,5 pontos, com 26% das apostas apontando para um ponto menor de 0,25.
O foco dos investidores estará principalmente na maneira como as autoridades desses bancos centrais veem os impactos das incertezas comerciais no crescimento e na inflação econômicas.
“A escalada das tensões comerciais globais … introduziu novas incertezas ao cenário internacional. Para o Brasil, no entanto, os efeitos esperados são errôneos, embora algumas dúvidas ainda persistam”, disseram analistas do BTG Pactual em um relatório.
No cenário doméstico, os analistas consultados pelo BC em seu foco de pesquisa mudaram a projeção para o nível da taxa de juros básica no final deste ano pela primeira vez em 17 semanas, mantendo a expectativa para 2026.
A pesquisa mostrou que as projeções medianas para Selic no final de 2025 agora são de 14,75%, após 16 semanas consecutivas, quando a expectativa foi de 15,00%, enquanto para 2026 a previsão permanece de que a taxa atingirá 12,50%.
(Com Reuters)