Representantes do Ministério dos Transportes apresentaram nesta semana um portfólio de projetos no México para tentar atrair gigantes do setor de infraestrutura do país para investir em rodovias brasileiras. A comitiva estava lá entre o dia 9 e o 11º.
O secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, disse ao InfoMoney que os grupos mexicanos mostraram interesse nos projetos. 15 leilões são planejados até o final deste ano. O próximo é o BR-04, que conecta o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, e BR-163 em Mato Grosso do Sul.
Para o próximo ano, existem outros 20 projetos, totalizando R $ 161 bilhões em investimentos e 8.449 quilômetros de novas concessões. Para isso, de acordo com o ministério, a captura de investidores internacionais é uma peça -chave para expandir a competitividade dos leilões
Segundo Santoro, a viagem é para investimentos em prospecção para a segunda metade e 2026 carteira. “Trazer novos jogadores é importante, mesmo porque eles também podem fazer consórcios com empresas brasileiras”.
Santoro explicou que algumas empresas brasileiras são muito alavancadas e precisam aumentar a estrutura de capital para participar dos projetos ou acessar dinheiro mais barato. “As empresas mexicanas têm bancos para trás, acho interessante obter financiamento mais barato”, disse o secretário executivo.
No México, os brasileiros fizeram um roadshow e uma rodada de reuniões bilaterais com oito empresas que buscam novos mercados para expandir seu desempenho. “Plantamos uma semente em um mercado que nunca havia sido explorado pelo Brasil, que tem grupos muito grandes e experiência em concessões”, explicou Santoro.
Também de acordo com o secretário executivo do ministério, o objetivo é contratar até o final do governo Lula mais da metade da rede federal. “Entramos no governo com 14 mil quilômetros concedidos, já temos 16 mil quilômetros e colocaremos no mercado outros 8,5 mil quilômetros”, diz ele.
Santoro também aponta que toda a carteira do ministério hoje é de carbono zero, tem uma porcentagem de investimento para transição de energia e está 100% alinhada com as diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).