O Conselho de Administração da Câmara de Deputados decidiu na sexta-feira (25) revogar o mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para ausências excessivas nas sessões legislativas.
O parlamentar está em prisão domiciliar e é acusado de ser um dos diretores do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes em 2018.
A decisão foi baseada no artigo 55 da Constituição Federal, que determina a perda do Mandato do Parlamentar de não aparecer, em cada sessão legislativa, um terço das sessões ordinárias, exceto no caso de licença ou missão oficial autorizada pela Câmara.
Decisão e processamento oficiais
A lei foi publicada no Diário Oficial da Câmara e assinada pelo Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicans-PB), o primeiro secretário Carlos Veras (PT-PE) e o segundo secretário Lula Da Fonte (PP-PE).
O caso foi parado por quase um ano no Conselho de Administração. Em agosto de 2024, o Conselho de Ética da Câmara já havia aprovado o cancelamento de Brazão, mas o processo não teve resultado durante a administração do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O parlamentar tentou reverter a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas teve seu apelo negado.
Prisão e mudança para casa
Preso em março de 2024, Brazão passou mais de um ano detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Este mês, o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte Federal (STF), autorizou que o ex -deputado cumpriria uma sentença na prisão domiciliar devido a problemas de saúde.
A cassação ocorre em meio a uma pressão aumentada na casa, especialmente após a suspensão do mandato do vice-glauber Braga (Psol-RJ) pelo Conselho de Ética, uma decisão que ainda será analisada pelo CCJ. A diferença no tratamento entre os casos gerou críticas e reações no ambiente político.