As mudanças feitas pelo governo nas taxas de imposto sobre operações financeiras (IOF) não tinham o endosso do Banco Central, aprendeu Globo. Segundo os interlocutores, o presidente Gabriel Galipolo é contra as medidas, mas não foi consultado sobre as mudanças.
Nos bastidores, os assistentes dizem que ele foi pego de surpresa pelo anúncio feito pelo Ministério das Finanças na quinta -feira.
Na entrevista sobre o assunto, o secretário executivo do Ministério das Finanças, Dario Durigan, disse que o ministro Fernando Haddad conversou com Galipole sobre o assunto na reunião que tiveram na última terça -feira. Os secretários da pasta também apontaram que as medidas devem ajudar no esforço do BC para controlar a inflação.
O governo alterou as taxas acusadas de empresas em operações de crédito e tarifas de incidentes uniformemente em operações de saída de recursos do país (Exchange) em 3,5%. Também começou a cobrar imposto sobre remessas de impostos para o exterior, a uma taxa de 3,5%, entre outras iniciativas. As mudanças no IOF devem aumentar as receitas este ano em US $ 20,5 bilhões e, no próximo ano, em US $ 41 bilhões.
Mudanças nos incidentes de IOF nas atividades de câmbio interrompem o processo de adaptação aos padrões da OCDE e podem fazer compras e investimentos de brasileiros no exterior. Na prática, eles são um desincentivo à saída de recursos do país.