O Presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), entrou com uma ação na Suprema Corte (STF) na terça-feira (13) solicitando a suspensão total de procedimentos criminais contra o delegado do Delegado Ramagem (PL-RJ), respeitando a decisão tomada pelo Plenário da Casa no início do mês.

No dia 7, a Câmara aprovou, em 315 votos para 143, uma resolução que determina a suspensão total da acusação criminal, que é investigada por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de golpe de 2022.

No entanto, a Suprema Corte decidiu que a suspensão se aplicaria apenas a dois desses crimes, aqueles cometidos após seu diploma como deputado federal: danos qualificados e deterioração dos ativos listados.

Continua após a publicidade

A ação da Câmara argumenta que o entendimento do supremo viola os princípios constitucionais de separação de poderes e imunidade parlamentar.

“Ao restringir, absolutamente e desproporcionalmente, o escopo da prerrogativa conferida constitucionalmente ao Parlamento, a decisão esvazia o papel do poder legislativo em conter qualquer abuso no exercício de acusação criminal contra seus membros”, diz o documento enviado ao STF.

Imunidade em debate

A Câmara é baseada em seu pedido no artigo 53 da Constituição Federal, que garante deputados e senadores imunidade civil e criminal “para qualquer uma de suas opiniões, palavras e votos”.

Continua após a publicidade

O texto também permite que o Congresso, por iniciativa de um partido político, suspenda o progresso das ações criminosas contra os parlamentares envolvendo crimes cometidos após o diploma.

Veja  O acidente deixa pelo menos nove mortos na região de Chapada Diamantina

O entendimento da Câmara é que, como o plenário votou na suspensão total do processo, a Suprema Corte deve respeitar a decisão dos deputados.

No entanto, o Supremo, através da primeira classe, manteve o progresso da ação criminal contra o ramo em relação a três crimes: abolição violenta do estado de direito democrático, golpe e organização criminal – crimes que, segundo o tribunal, foram cometidos perante seu diploma como deputado federal.

Continua após a publicidade

O movimento de Hugo Motta ocorre em meio a uma tentativa de aproximação com bolsos, um grupo político que estava pressionando o prefeito devido a outras decisões, como o atraso na leitura do pedido de instalação da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para investigar fraudes no Instituto Nacional da Seguridade Social (INSs).

Motta também estava evitando avançar com o projeto de lei que fornece anistia para os envolvidos nos atos de scammer de 8 de janeiro, algo defendido por parlamentares ligados ao ex -presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao pressionar a Suprema Corte a respeitar a decisão da Câmara e suspender completamente a ação contra a filial, Motta não apenas reforça sua posição como defensor das prerrogativas da legislatura, mas também sinaliza apoio ao grupo bolonarista.

Continua após a publicidade

Reflexos para outros réus

Se o Supremo Tribunal aceitar o pedido da Câmara e suspender completamente o processo contra a filial, o efeito poderá ir além do caso específico do deputado.

Veja  Hugo Calderano fica em segundo lugar na Copa do Mundo de Tênis da Table

Isso ocorre porque outros réus no caso criminal, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, poderiam tentar se beneficiar do mesmo entendimento, alegando que a decisão do Legislativo seria válida para todos investigados.

Atualmente, a decisão do STF é clara: a suspensão se aplica apenas à ramificação e apenas a crimes cometidos após seu diploma. Os outros réus, que não têm mandato parlamentar, permanecem sob investigação.

Continua após a publicidade

Entre os argumentos apresentados pela Câmara está que a imunidade parlamentar não é um mecanismo para garantir impunidade, mas uma proteção contra perseguição política e abuso de poder.

Para os parlamentares, ao ignorar a decisão da casa, o Supremo seria superar os limites de sua competência e interferir diretamente na autonomia da legislatura.

Espera -se que o pedido da Câmara seja revisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Suprema Corte.

Se o Tribunal mantiver o entendimento de limitar a suspensão da ação criminal, o conflito entre o Legislativo e o Judiciário poderá se intensificar ainda mais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui