Nesta segunda-feira (12), o presidente da China, XI Jinping, receberá líderes latino-americanos em Pequim para o 4º fórum da China-Celac, que reúne países da região e do Caribe. Entre os convidados estão Luiz Inacio Lula da Silva, presidente do Brasil, Gustavo Petro, da Colômbia e Gabriel Boric, do Chile.

A reunião multilateral, a maior do tipo de Trump nos EUA, marca outro passo na crescente influência da China na região, que gerou descontentamento entre as autoridades americanas, que vêem essa abordagem como uma busca por vantagens militares e econômicas desleais.

O governo Trump se concentrou no monitoramento das relações da China com países próximos, como o México, onde ele teme produtos chineses de tarifas e contribuem para o tráfico de substâncias ilícitas. No entanto, a expansão das relações comerciais da China na América do Sul não recebeu a mesma atenção.

Uma pesquisa de opinião encomendada pela revista O Economia Isso mostra que, embora os Estados Unidos ainda mantenham uma vantagem na popularidade, a imagem da China na região está melhorando rapidamente. Muitos sul -americanos consideram a China um parceiro comercial mais respeitoso e confiável.

O comércio tem sido a principal ligação entre a China e a América do Sul. Em 2013, os Estados Unidos eram o maior parceiro comercial da região, mas até 2023, o comércio com a China cresceu 43%, atingindo US $ 304 bilhões, enquanto a proporção dos EUA caiu 25%.

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A demanda chinesa por commodities, como cobre e soja, impulsionou essa mudança, com as exportações chilenas de cobre quase triplicando na última década. Além disso, a China agora importa produtos mais complexos na região, como veículos elétricos e painéis solares.

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Os investimentos chineses na América do Sul também foram significativos, totalizando mais de US $ 168 bilhões desde 2000, especialmente no Brasil. Embora o fluxo de novos investimentos tenha diminuído, o valor dos projetos anunciados começou a aumentar novamente até 2023.

Além disso, a China concedeu empréstimos substanciais a países como a Venezuela e a Argentina, que ainda enfrentam dificuldades financeiras. Essa dependência econômica levou os líderes sul -americanos a adotar posturas mais cautelosas sobre as pressões dos EUA.

Com a abordagem da reunião em Pequim, líderes como Lula e Boric enfatizaram a importância de manter as relações com os dois países, desafiando a narrativa do governo de Trump de que é necessário escolher um lado.

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A crescente popularidade da China na região, evidenciada por pesquisas que mostram que muitos acreditam que ela respeita os países da América do Sul do que os Estados Unidos sugerem que a influência chinesa continuará a crescer. Em um cenário de mudança de relações internacionais em constante mudança, a América do Sul está posicionada como um campo de batalha estratégico na disputa entre os dois poderes.

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