O Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) oficializou na quarta -feira (23) a entrega da proposta de emenda à Constituição (PEC) da segurança pública ao Congresso Nacional. O texto é uma das principais apostas do governo federal para enfrentar o avanço do crime organizado e propõe a criação de um sistema nacional unificado, inspirado no modelo SUS.

Durante uma cerimônia no Planalto Palace, Lula afirmou que a iniciativa marca o compromisso da União com a segurança dos brasileiros. “Não podemos permitir que o povo continue andando assustado. O governo federal definitivamente assume a responsabilidade de apoiar os estados na luta contra o crime”, afirmou.

Presentes no evento estavam os presidentes da Câmara, Hugo Motta (republicanos-PB), Senado, David Alcolumbre (Union-AP), bem como os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

A proposta será agora analisada pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado. Ambos os plenários podem propor alterações no texto, e já existem sinais de mobilização da oposição, especialmente o banco de balas, para pressionar a mudança.

Sistema unificado e fortalecimento dos guardas municipais

PEC estabelece o sistema de segurança pública unificada (SUP) como uma estrutura com status constitucional. Criado pela lei comum em 2018, o SUSP procura integrar as ações dos órgãos federais, estaduais, municipais e outros órgãos de segurança, coordenando entre as entidades federativas.

Após a resistência inicial dos governadores e prefeitos por medo de perda de autonomia, o texto passou por três versões. A versão final incluía os guardas municipais e atendeu a parte das demandas regionais.

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Entre os principais pontos do PEC estão:

  • Reconhecimento constitucional de SUPcom uma definição clara de competências entre união, estados e municípios;
  • Expansão de atribuições os guardas municipais, a polícia federal da rodovia e a polícia federal;
  • Criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública e um Fundo Penitenciário Nacionalcom transferências federais para financiar políticas de segurança e infraestrutura prisional;
  • Participação da sociedade civil no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A proposta também visa eliminar barreiras burocráticas que dificultam a articular as forças de segurança e otimizar a transferência de recursos para ações integradas.

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