A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por negar liberdade condicional ao ex-vice-vice-federal Daniel Silveira, que atualmente é preso e cumprindo sentença em regime semi-aberto.
Até agora, os ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Cristiano Zanin acompanharam o voto do Relator, o ministro Alexandre de Moraes, para a manutenção da decisão. Ainda há que votar em Gilmar Mendes, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça. O julgamento ocorre no plenário virtual e está programado para terminar às 23h59 na sexta -feira (28).
Os ministros estão analisando um apelo de defesa contra a decisão de Moraes, que revogou a liberdade condicional de Silveira em 13 de fevereiro, determinando seu retorno ao regime semi -aberto. O relator entendeu que o ex -parlamentar não cumpriu várias condições condicionais, incluindo uma partida não autorizada até o surgimento de um hospital em dezembro de 2023, alegando uma crise nos rins.
A defesa argumenta que não houve tempo para solicitar autorização judicial devido à urgência médica, classificando a decisão de Moraes como “pessoal e vingativa”. No entanto, de acordo com o próprio ministro, Daniel Silveira violou as condições da penalidade em 227 oportunidades, sem apresentar justificativas consideradas plausíveis.
Silveira foi condenado por ameaças ao Estado de Direito Democrático e por incentivar a violência contra os ministros do Supremo. Ele foi preso pela Ordem de Moraes em 16 de fevereiro de 2021, no mesmo dia em que divulgou um vídeo com maldições e acusações falsas contra membros do tribunal – incluindo Edson Fachin, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Raptorurur.