O presidente da primeira classe do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cristiano Zanin, marcou na terça -feira (25) e quarta -feira (26), o julgamento da queixa contra o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete outros no escopo da tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022.
No julgamento, o Supremo Tribunal considerará se deve aceitar a denúncia do Gabinete do Procurador -Geral (PGR) contra o “Core 1” do gráfico de golpe, composto pelos líderes da organização criminal. Se os ministros votarem para aceitar a denúncia, o acusado se tornará formalmente réus, iniciando um processo criminal.
Além de Bolsonaro, veja quem é o outro acusado que pode se tornar réus no julgamento da próxima semana:
1. Mauro Cid
Ex -Bolsonaro e tenente -coronel Ordens, o CID é considerado uma peça -chave na investigação. Ele assinou uma denúncia premiada que guiou a polícia federal em sua ação, fornecendo detalhes cruciais sobre o envolvimento de outros membros da trama.
2. Walter Braga Netto
General, ex -ministro da Defesa e Câmara Civil e ex -candidato ao vice de Bolsonaro nas eleições de 2022. Acusado de articular o golpe e tentar interferir nas investigações, Braga Netto foi preso em dezembro de 2024. Ele procurou acesso à denúncia de Mauro Cid e tentou lidar com o processo de investigação.
3. Alexandre Ramagem
Vice -adjunto federal e ex -presidente da Agência de Inteligência Brasileira (ABIN) no governo de Bolsonaro. Em 2024, a polícia federal encontrou mensagens de filial orientando Bolsonaro para questionar as urnas eletrônicas após sua derrota nas eleições de 2022, sendo considerada um dos articuladores de golpe.
4. Almir Garnier
Almirante do Esquadrão que comandava a Marinha no governo de Bolsonaro. Segundo investigações, Garnier era o único comandante das forças armadas a se disponibilizar para apoiar o golpe, expandindo a pressão sobre o alto comando do Exército para ingressar no plano de golpe.
5. Anderson Torres
Ex -ministro da Justiça e ex -delegado da polícia federal, ele foi preso com um decreto de esboço que, segundo investigações, deveria ser enviado a Bolsonaro para estabelecer um estado de defesa no país e reverter os resultados das eleições de 2022. Após a derrota de Bolsonaro, Torres assumiu o secretariado do Distrito Federal de Segurança Pública e foi preso por omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023.
6. Augusto Heleno
Reserva Geral e ex -ministro do Escritório de Segurança Institucional do Governo de Bolsonaro (GSI). De acordo com o PF, os golpistas planejavam criar um “escritório de crise” sob o comando de Heleno, com o objetivo de gerar apoio militar para a execução do golpe.
7. Paulo Sérgio Nogueira
Ex -ministro da Defesa e Reserva Geral, Nogueira também foi acusada de incentivar ataques ao sistema eleitoral, apoiando a tentativa de golpe e apresentando uma versão do decreto de golpe para buscar apoio dos comandantes das forças armadas, colaborando na articulação do golpe.
PRÓXIMOS PASSOS
Se a Suprema Corte optar por receber a queixa e fazer Bolsonaro e seus réus de aliados, o processo vai para a fase instrucional. Durante esta fase, serão feitas declarações de réus e testemunhas e outras etapas para esclarecer os fatos e reunir mais evidências.
Espera -se que uma sentença seja emitida em 2025, com o objetivo de concluir o caso antes das eleições de 2026 e impedir que o processo interfira no calendário eleitoral. Se os réus não aceitarem a sentença, eles poderão recorrer, o que pode prolongar ainda mais o progresso do caso. No entanto, a previsão é que o julgamento final ocorrerá até o final de 2025, de acordo com as expectativas da Suprema Corte.