O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação criminal 2.508, em seu voto para condenar o cabeleireiro Débora Rodrigue dos Santos a 14 anos na prisão em regime inicial fechado. Ela é acusada de participar dos ataques aos edifícios dos três poderes em 8 de janeiro de 2023 e foi conhecida por morder a frase “perdida, mané” na Estátua da Justiça, que está em frente ao edifício STF.
O julgamento dura até 28 de março e acontece na primeira classe do tribunal. Cinco juízes fazem parte da classe. Assim, se mais um deles se manifestar por condenação, será formado a maioria.
O processo é secreto e apenas o relatório e o voto de Moraes estão disponíveis para acesso público ao sistema plenário virtual. Dino o acompanhou sem um voto separado.
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Deborah foi presa na penitenciária feminina do Rio Claro, em São Paulo, desde a oitava fase da Operação Lesa Pátria, desencadeada pela polícia federal em março de 2023. A operação investigou os radicais e financiadores dos atos de vandalismo. Em testemunho, ela confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho.
“O réu aderiu a propósitos criminais direcionados à tentativa de quebrar a ruptura institucional, o que levaria à abolição do Estado de Direito Democrático e à deposição do governo legitimamente eleito, cuja materialização foi operada em 1/08/2023, através da violência, a vandalismo e a depredação significativa para o patrimônio público” “, escreveu Moraes.
Debora é responsável por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado e Direito Democrata, Coup D’État, Associação Penal Armada, danos e deterioração qualificados e patrimônio listado.