A rara combinação de alto retorno e baixo risco oferecido ao investidor por renda fixa é ainda mais evidente com a taxa de juros básica (Selic) a 14,25%, o nível alcançado após a última reunião do último copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Por um lado, isso tende a drenar recursos de fundos imobiliários. Por outro lado, pode beneficiá -los, de acordo com especialistas da FII.

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Eles lembram que há oportunidades na mesa pelos descontos já altos de cotas, que podem se intensificar, especialmente no caso de fundos de tijolos (que investem diretamente no setor imobiliário). Além disso, parte dos fundos do artigo, enfrentando títulos imobiliários, tende a ter mais retorno com taxas de juros mais altas, embora o risco também aumente.

“A saída dos indivíduos pode levar a uma queda adicional nas cotas, embora a decisão já tenha sido precificada. Mas, ao mesmo tempo, abre a oportunidade de comprar um ativo que não perdeu sua base e que foi impactado pelo cenário macroeconômico”, diz Felipe Ribeiro, diretor parceiro de investimentos alternativos do clube FII.

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Os fundos em papel tendem a se beneficiar

Os fundos em papel são aqueles que investem em ativos apoiados em créditos imobiliários e geralmente têm sua renda corrigida pelas taxas de inflação ou taxas de juros.

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Ribeiro, do Clube Fii, afirma que o novo aumento no Selic tem um impacto positivo direto nos fundos do CRI (Certificado Recebível Imobiliário), especialmente os indexados ao CDI (Certificado de Depósito Real Estate).

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“Mas há outro lado, que é o fato de que a dívida da CRI está sendo paga pelo devedor, o que é prejudicado pela taxa de juros aumenta. Aumenta a oportunidade de inadimplência”, lembra ele.

Para Artur Carneiro, parceiro fundador da Éxes, o Exes11 Real Estate Fund, o movimento é muito positivo para o artigo.

“O aumento do CDI ajuda no retorno dos fundos. O investidor estava migrando o portfólio com um olho no espelho retrovisor, mas este ano vimos uma forte retomada de ifix [índice de fundos imobiliários]”Ele lembra”. Isso se reflete na visão de lucratividade do investidor. “

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No ano até agora, o IFIX, que é a taxa de fundos imobiliários, aumentou 4,8%, recuperando parte da queda entre o final do ano passado e o início deste ano.

Segundo Carneiro, muitos fundos têm uma porcentagem significativa de recursos alocados com CDI, o que afeta o retorno positivamente. “Com o tempo, o investidor começa a migrar de volta para os FIIs, depois do medo de perceber que o CDI vai para 15%. Mas isso já foi absorvido, é um movimento que já aconteceu no passado”.

Ele avalia que os fundos em papel devem afetar a lucratividade em algumas semanas, o que deve atrair mais investimentos. “Vemos a retomada de fundos em papel após um mês, que geralmente é o tempo do impacto das taxas de juros no valor da cota”.

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Os fundos de tijolos são prejudicados, mas podem ser uma oportunidade

No caso de fundos de tijolos – aqueles que investem diretamente no setor imobiliário – as altas taxas de juros têm um impacto mais negativo devido à possível redução no consumo e aprimoramento da dívida. Especialistas dizem que esses fatores podem afetar os resultados das empresas e as taxas de ocupação imobiliária.

Por outro lado, Guilherme Sharovsky, diretor de crédito da Bloxs Capital Partners, lembra que Brick se refere é o maior desconto no preço justo. “Quando temos um aumento na taxa de juros, os ativos imobiliários de tijolos tendem a decair de valor. Assim, é um momento interessante para aqueles que pensam em uma estratégia de longo prazo, geração de dividendos”, diz ele.

Ao mesmo tempo, há avisos importantes quando se trata de investimentos nos FIIs. Otmar Schenider, analista da NORD Investimentos, lembra que os investidores devem ter cuidado com os investimentos no maior risco de crédito, como os do desenvolvimento imobiliário e o “alto rendimento” chamado de investimento que não possuem um diploma de investimento. “Esses são fundos que exigem mais cautela ao investir, pois as empresas podem ter problemas em dinheiro com taxas de juros mais altas”.

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